sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Desafio do Amor e do Desamor

O meu blogo-amigo Blue Eyes, do Banquinho (link à vossa direita... mais abaixo) desafiou-me, já há uns tempos para fazer dois posts: um sobre o AMOR e outro sobre o DESAMOR.


Ora eu, desafiei as regras e propus-me fazer um post misto, ou seja, um post de Amor e Desamor. Amor à vida que de tudo nos proporciona. Desamor pela mesma, essa cabra que de tudo nos proporciona. Sei que para muitos, isto é uma desilusão... talvez também para ti, Blue Eyes. Sei que tinhas o comum, embora tão raro, amor em mente aquando da tua proposta de desafio. Paciência! Já escrevi sobre o amor. Já escrevi sobre a dor do desamor. Mas, por lapso, por não se pensar nisso amiúde, esqueci-me de agradecer à vida que me tem proporcionado grandes momentos de ambos.

A VIDA, esse bem, podemos chamar-lhe assim?!, que só quando acaba leva com ela as nossas histórias de Amor e Desamor, que, caso contrário, nunca conhecem um fim. A VIDA que nos proporciona momentos do mais espiritual e do mais carnal, do mais diabólico e moribundo. A VIDA que só por si, nos faz crescer - e não só em altura e pr'ós lados. ELA, que mais que o Deus em que não acredito nos faz chorar, às vezes de tanto rir, e rir, às vezes por tanto chorar.

A VIDA é linda, em todas as suas vertentes. Como diz "O Principezinho", de Saint Exupéry, "quando o faroleiro acende o seu farol, é como se fizesse nascer uma estrela ou um flor". Quando amamos, fazemos também nascer uma estrela, uma flor, o que lhe quiserem chamar; mas é o início de algo novo. Quando nos desennamoramos, é o mesmo. É o início de algo novo, uma nova fase, que mais cedo ou mais tarde dará início a outro novo Amor, a uma nova estrela, a uma nova flor. E tal acontece com todo o tipo de amor: o amor pelo próximo, o amor carnal, o amor materno, o fraterno, e talvez o mais desinteressado de todos, a amizade. A empatia e o interesse por uma pessoa nova, ou por um hobbie novo. Uma banda que se descobre, aquele filme que descobrimos e nos ensina a ver de uma perspectiva totalmente nova a vida que há tanto conhecemos, um livro que nos leva a identificarmo-nos com uma personagem que julgaramos totalmente diferente de nós. Porque somos todos feitos da mesma matéria, porque a nossa aura, difere de uns para os outros mas só até certo ponto. Porque mesmo quem cometeu os crimes mais atrozes tem alguém que o ama e a quem já proporcionou momentos de felicidade nunca alcançáveis por nenhum dos outros. Porque toda a gente se julga mais feliz ou mais infeliz que todos os outros. Porque toda a gente se julga único neste universo de mais de 6,6 mil milhões de indivíduos, muito embora haja sósias por aí. A beleza da vida é a sua especificidade com tudo de bom e de mau que nos acontece. Não interessa se vamos à bruxa para sermos mais felizes ou menos infelizes. Não interessa se não vamos à bruxa. Não interessa o Deus em que acreditamos, nem sequer se não acreditamos. Todos cá andamos. Andamos todos cá para amar e desamar. Para tratarmos da nossa felicidade e lidarmos com as infelicidades. Para as trazermos aos outros também. Para gozarmos da brisa que nos acaricia a pele, do sol que nos a adoura, para fugirmos da chuva ou regogijarmo-nos por ela, chapinhando numa poça ou rebolando-nos pela lama. Para desfrutarmos de belas paisagens ou impressionarmo-nos com os espectáculos mais infames e chocantes. Para nos emocionarmos. Para rir. Para chorar. Para levarmos uma vida cheia.

Para viver.

Carlos, um desafio assim, sobre o Amor e o Desamor, parece ter sido feito à tua medida. Se por acaso, quando voltares de férias, deres com este post e tiveres tempo e paciência... é para ti. Eu teria muito gosto em ler-te, como tenho sempre, aliás!

Big Kiss

4 comentários:

Cati disse...

Parabéns princesa.
Eu nunca o teria dito melhor.

Um beijo com saudade*

Sadeek disse...

Xi....Scully pá...eu a pensar que ias fazer um post mais para o "caliente" e tu metes-te para aqui a falar de afectos?!?! Granda menina, pá...AHHAHA

BEIJOOOOOOOOOOOOO

Maria Manuela disse...

Afectos com açucar sabem sempre bem..

bj

Anónimo disse...

Olá Sofia!
Porque será que não me surpreendeste?
Sei que gostas de escrever sobre a vida e tudo aquilo que muitas vezes nos passa ao lado!
Mas numa palavra, ADOREI!!!
Precisamente por ser diferente de todos os outros textos.
Obrigado pelo teu tempo e um grande beijinho para ti!

Ricardo