O meu blogo-amigo Blue Eyes, do Banquinho (link à vossa direita... mais abaixo) desafiou-me, já há uns tempos para fazer dois posts: um sobre o AMOR e outro sobre o DESAMOR.
Ora eu, desafiei as regras e propus-me fazer um post misto, ou seja, um post de Amor e Desamor. Amor à vida que de tudo nos proporciona. Desamor pela mesma, essa cabra que de tudo nos proporciona. Sei que para muitos, isto é uma desilusão... talvez também para ti, Blue Eyes. Sei que tinhas o comum, embora tão raro, amor em mente aquando da tua proposta de desafio. Paciência! Já escrevi sobre o amor. Já escrevi sobre a dor do desamor. Mas, por lapso, por não se pensar nisso amiúde, esqueci-me de agradecer à vida que me tem proporcionado grandes momentos de ambos.
A VIDA, esse bem, podemos chamar-lhe assim?!, que só quando acaba leva com ela as nossas histórias de Amor e Desamor, que, caso contrário, nunca conhecem um fim. A VIDA que nos proporciona momentos do mais espiritual e do mais carnal, do mais diabólico e moribundo. A VIDA que só por si, nos faz crescer - e não só em altura e pr'ós lados. ELA, que mais que o Deus em que não acredito nos faz chorar, às vezes de tanto rir, e rir, às vezes por tanto chorar.
A VIDA é linda, em todas as suas vertentes. Como diz "O Principezinho", de Saint Exupéry, "quando o faroleiro acende o seu farol, é como se fizesse nascer uma estrela ou um flor". Quando amamos, fazemos também nascer uma estrela, uma flor, o que lhe quiserem chamar; mas é o início de algo novo. Quando nos desennamoramos, é o mesmo. É o início de algo novo, uma nova fase, que mais cedo ou mais tarde dará início a outro novo Amor, a uma nova estrela, a uma nova flor. E tal acontece com todo o tipo de amor: o amor pelo próximo, o amor carnal, o amor materno, o fraterno, e talvez o mais desinteressado de todos, a amizade. A empatia e o interesse por uma pessoa nova, ou por um hobbie novo. Uma banda que se descobre, aquele filme que descobrimos e nos ensina a ver de uma perspectiva totalmente nova a vida que há tanto conhecemos, um livro que nos leva a identificarmo-nos com uma personagem que julgaramos totalmente diferente de nós. Porque somos todos feitos da mesma matéria, porque a nossa aura, difere de uns para os outros mas só até certo ponto. Porque mesmo quem cometeu os crimes mais atrozes tem alguém que o ama e a quem já proporcionou momentos de felicidade nunca alcançáveis por nenhum dos outros. Porque toda a gente se julga mais feliz ou mais infeliz que todos os outros. Porque toda a gente se julga único neste universo de mais de 6,6 mil milhões de indivíduos, muito embora haja sósias por aí. A beleza da vida é a sua especificidade com tudo de bom e de mau que nos acontece. Não interessa se vamos à bruxa para sermos mais felizes ou menos infelizes. Não interessa se não vamos à bruxa. Não interessa o Deus em que acreditamos, nem sequer se não acreditamos. Todos cá andamos. Andamos todos cá para amar e desamar. Para tratarmos da nossa felicidade e lidarmos com as infelicidades. Para as trazermos aos outros também. Para gozarmos da brisa que nos acaricia a pele, do sol que nos a adoura, para fugirmos da chuva ou regogijarmo-nos por ela, chapinhando numa poça ou rebolando-nos pela lama. Para desfrutarmos de belas paisagens ou impressionarmo-nos com os espectáculos mais infames e chocantes. Para nos emocionarmos. Para rir. Para chorar. Para levarmos uma vida cheia.
Para viver.
Carlos, um desafio assim, sobre o Amor e o Desamor, parece ter sido feito à tua medida. Se por acaso, quando voltares de férias, deres com este post e tiveres tempo e paciência... é para ti. Eu teria muito gosto em ler-te, como tenho sempre, aliás!
Big Kiss
4 comentários:
Parabéns princesa.
Eu nunca o teria dito melhor.
Um beijo com saudade*
Xi....Scully pá...eu a pensar que ias fazer um post mais para o "caliente" e tu metes-te para aqui a falar de afectos?!?! Granda menina, pá...AHHAHA
BEIJOOOOOOOOOOOOO
Afectos com açucar sabem sempre bem..
bj
Olá Sofia!
Porque será que não me surpreendeste?
Sei que gostas de escrever sobre a vida e tudo aquilo que muitas vezes nos passa ao lado!
Mas numa palavra, ADOREI!!!
Precisamente por ser diferente de todos os outros textos.
Obrigado pelo teu tempo e um grande beijinho para ti!
Ricardo
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